Mapa conceitual do estado da pesquisa do TIDD


Um bom exercício de visualização e crítica (em forma de mapa conceitual com links relacionados) da pesquisa de mestrado que estou desenvolvendo no programa da PUC-SP - TIDD. Para esse trabalho estou utilizando o software CmapTools e que foi indicado, em atividade, pelo professor Hermes Renato na disciplina Conceitos Fundamentais e Práticas no Design e Estéticas Tecnológicas

Legenda do mapa por cores:
  • Conceitos educacionais
  • Formação e atuação profissional
  • Conceitos discutidos nas disciplinas do TIDD
  • Conceitos de visualização de grandes esquemas de interface
  • Conceitos trabalhados espefificamente na disciplina Conceitos Fundamentais e Práticas no Design e Estéticas Tecnológicas
Para visualizar o mapa, com seus links, clique aqui e baixe-o, descompacte-o, extraia todos os arquivos para a área de trabalho de seu computador e clique em "projeto de pesquisa TIDD.html"

O sublime tecnológico

Ultimamente venho refletindo, principalmente devido à disciplina Conceitos Fundamentais e Práticas no Design e Estéticas Tecnológicas do programa de mestrado do TIDD sobre conceitos estéticos frente aos objetos tecnológicos.

Assim penso se as novas tecnologias da comunicação e informação são promotoras de um processo de corrosão da essência da arte, podemos entender que essa corrosão pode ser relacionado ao descontinuismo evidenciado por Gidens (1991) como uma das fortes características sociais-artística moderna (ou pós-moderna). Assim coloco pois vejo que essas tecnologias desruptoras, a um só tempo, determinaram e encaminham um movimento de trasngressão realizada pelo sublime e que na arte se caracteriza principalmente com sua produção e fruição socializadas. Lembrando que o sublime aqui é entendido como a forma de "colocar em obra a verdade".

Bom, pretendo prosseguir sobre essa reflexão em outros posts, mas vejo que o apreciar de reflexões e fazeres artísticos como uma importante forma vislumbrar a estética nesse sentido. Um bom exemplo de pensar sobre isso é:

Redes artísticas

Falando um pouco sobre as redes e as artes, aqui vai um vídeo para inaugurar esse recurso aqui no blog. Assim estou postando esse vídeo e brincando um pouco com a idéia das vídeo criaturas de Otávio Donasci e criando uma alegoria que talvez possa ser chamada de vídeo rede criatura ;-)


Contudo, (para não perder o costume) aqui vai uma complementação dessa reflexão em formato de texto, onde destaco alguns pontos (para mim) importantes para a constituição das redes artísticas nos dias de hoje:

O conceito de rede e a complexidade atual

Podemos observar que o conceito de rede é um conceito se apresenta cada vez mais presente em nossa realidade. Essa espécie de paradigma, vem se mostrando como foco das principais mudanças dentro do que chamamos de sociedade ou era do conhecimento. Esse foco no pensar as coisas com o conceito de rede acontece coincidentemente e não por acaso, quando as TIC se mostram como elementos estruturantes da complexidade mundial.

Podemos entender, no entanto, que esse paradigma que é a rede vem se estruturando como algo que se apoia na transgressão do que, até então, entendemos e percebemos como tempo e espaço.

Trangredindo o espaço
Frente ao espaço, essa transgressão acontece no sentido de não mais reconhecermos o espaço de forma linear como na visão da geometria métrica euclideana, ou ainda da geometria projetiva que permite a concepção de espaço em três dimensões, onde se pode operar projetivamente como operações de cortar e projetar.

Essa transgressão, contudo, acontece no sentido de percebermos e lidarmos com o espaço de forma topológica, onde esse passa a ser definido pelas relações de vizinhança entre pontos de referência e não mais hierárquica ou linearmente como na idade média. Principalmente em decorrência da descoberta de Galileu ao descobrir que a Terra girava em torno do Sol e em decorrência disso que o lugar das coisas são apenas pontos em seus movimentos o que cria uma relação entre pontos onde a vizinhança, as ligações entre pontos, formam diagramas, grafos, tramas, redes.

Assim podemos entender que as redes como possibilidade de aproximar, ou mesmo sobrepor, apreciadores com obras de arte, artistas com outros fazeres artísticos antes vistas como distantes de forma pantópica, como Serres defende ao entender a possibilidade de todos os lugares em um só lugar e cada lugar em todos os lugares.

Não podemos negar que os movimentos e tendênicas artísticas, na história, se desenvolveram devido a interação entre artistas próximos geograficamente. Contudo, com essa trangressão de espaço nos deparamos com uma espacialidade organizada, acima de qualquer critério de ordem, de qualquer nível de periodicidade ou simetria; e, acima de tudo, complexa.


Transgredindo o Tempo
Frente ao tempo, a trangressão que a rede deflagra se mostra na possibilidade do moderno conviver com o antigo, que é como acontece ao visitarmos o, por exemplo, o site oficial do museu do Louvre. Ou como no exemplo dado por Serres ao entender o carro como um sistema com diferentes componentes articulados. Esses componentes, que concebidos em distintas épocas, como a roda do período neolítico, a mecânica originada no século XVIII, o motor e a termodinâmica do século, XIX e a eletrônica do século XX, todos se mostram articulados em um só momento.

Entendendo, assim, que as redes de mostram como algo que ressignifique que tempo e espacialmente interações entre pessoas e fazeres artísticos, podemos conceber, portanto, que as redes se mostram espaços de constituição de subjetividade. Se os fenômenos que se mostram como elementos imprescindíveis de constituição da subjetividade não acontecem nem fora das redes, nem dentro delas (inerentes às linguagens), mas, na verdade, através dos espaços de circulação e validação dessas redes, podemos entender que as redes tendem a transformar efetivamente as artes em seus aspectos de produção e significação. O que nos leva a entender que as redes e as tecnologias que as suportam são, muito além de comunicação e informação, tecnologias do conhecimento ou inteligência.

A rede autopoiética
Assim pode-se concluir que esse efeito sobre a produção e significação da arte se mostra contudo dinâmico e complexo, pois entende-se que essas redes se mostram sujeitos capazes de autopoiese, lembrando o conceito, baseado nas cocepções de Varela e Maturana, onde se entende a rede como algo que, por suas interações e transformações, é auto produtora e que se assemelha à descrição que Barthes faz do texto, ou seja, onde se entender (a rede) como algo que abunda muitas redes, onde cada uma dessas atuam sem que nenhuma se imponha às demais, como uma complexa galáxia mutante, com diversas vias de acesso, sem que nenhuma delas possa ser qualificada como principal.

Para aprofundar essa reflexão construí um mapa mental sobre uma visão das Redes baseado no texto de baseado no texto de André Parente:http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/35/67 e que pode ser acessado clicando aqui

Rede e subjetividade

Refletindo sobre a rede e a subjetividade sob a ótica filosófica francesa e baseado no texto de André Parente:http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/35/67 , acabei optando por construir um mapa mental. Acho que essa forma de representação se adequa mais ao conceito rizomático que esse tema abarca.

Assim objetivo fundamentar meu pensar dos aspectos perceptivos e estéticos de projetos digitais, o vislumbrar do percurso por entre as possíveis histórias da arte, do design, das hipermídias, das estéticas tecnológicas e do webdesign frente as tecnologias da informação aplicadas na educação.

Clique na imagem abaixo para visualizar o mapa e em seguida clique nos nós (+) para expandir os conceitos:


Livro "Moodle: como criar um curso usando a plataforma de ensino a distância"

Um dos objetivos desse espaço de reflexão é o de indicar e levantar algumas discussões sobre algumas obras que tratam de tecnologias educacionais.

Para iniciar vamos falar do livro "Moodle: como criar um curso usando a plataforma de ensino a distância", de Rodolfo Nakamura (2009, editora Farol do Forte).

Esse livro trata vários elementos desse ambiente virtual de aprendizagem. Passo a passo ele dá o caminho para a criação de um curso, desde a inclusão de conteúdo até a avaliação e relatórios do sistema.

O que pode ser questionável nessa obra é a opção que o autor faz de abordar conceitos de educação a distância de forma a traçar paralelos com o mundo presencial. Sempre penso nisso como algo que tenda a criar dificuldades na quebra de paradigmas frente às práticas educacionais tradicionais e propiciar uma transferência de práticas embasadas em conceitos epistemológicos e didáticos-metodológicos tradicionais para uma EaD contextualizada e comprometida com a mudança. Onde a educação é objetivada, além do velho ensino conteúdista, ou seja, no sentido de um processo de ensino e aprendizagem transformador onde o aprendente se mostra como ator efetivo e não passivo.

Assim entendo que apenas a utilização de uma ferramenta com viés construtivista social (como coloca o autor) não garante um processo de ensino e aprendizagem isento de práticas tradicionais de educação (muitas vezes incoscientemente práticadas)

Mas vejo que essa obra se mostra muito interessante para uma crítica reflexão filosófico-metodológica por sobre essa gratuita (Open Source) ferramenta de CMS (Content Management System) e que vem se mostrando como a mais utilizados para criar ambientes de educação a distância. Assim entendo que é uma obra que vale a pena ser lida.

Para fazer download do livro gratuitamente acesse o site da editora clicando aqui

Desterritorialização - Umwelt - Rede - Educação

Estive pensando, baseado em um texto sugerido pelo professor Hermes Renato Hildebrant, na disciplina Conceitos Fundamentais e Práticas no Design e Estéticas Tecnológicas do TIDD. Esse texto é o "Rede e subjetividade na filosofia francesa contemporânea" de André Parente.

Esse autor refere-se à tendência que temos ao sedentarismo culminando com as evoluções tecnológicas de transporte e principalmente pelas tecnologias de informação e comunicação. Onde a "ideia de que o horizonte de nossos trajetos é o ciberespaço, o último veículo, ligado em rede e podendo ver e agir a distância, ponto de concentração de todo o espaço anulado pela ubiquidade absoluta, é, no mínimo, uma utopia tecnológica e um contra-senso histórico-cultural".

E me deparando pela pergunta calcado por Parente ao buscar a localização dos fenômenos, me coloco a pensar novamente no conceito de Umwelt e o processo sempre falho de tentarmos violá-lo para vislumbrar os objetos real e ontologicamente, mais objetiva que subjetivamente.

Parece, contudo, que essa tentativa é realmente frustrada, mas extremamente rica frente à eficácia necessária à nossa sobrevivência neste mundo.

Assim, essa tentativa cada vez se mostra mais e mais presente em nossas vidas e que não depende do deslocamento espacial, da presencialidade, mas sim do deslocamento virtual e rizomático. Deslocamento esse que se processa em forma de rede, não linear da hierarquia unidirecional da sociedade e consequentemente da organização de elementos presentes a nossa realidade, como a arquitetura e organização espacial das nossas cidades e as formas representacionais (mapas) utilizados para nos localizar.

Um bom exemplo é o mapa da rede de metrô, rodo e ferroviária de transporte público da grande São Paulo, ao transgredir, como já fizera o metrô de Londres anteriormente. Realmente esse mapa fica longe da representação clássica dos mapas fotográficos. O que podemos chamar, parafraseando Santaella ao se referir às formas representacionais pós-fotográficas. Nessas formas podemos averiguar o efeito de dissociação, cada vez mais forte, que a informação faz da comunicação e seus meios.


Realmente a informação, ao ser digitalizada, ou seja, transcodificada em linguagem matemática, se mostra mais suscetível ao processamento de signos em fenômenos ao entrarem em contato com nosso Umwelt.

Então pode-se entender que atividades humanas feitas (virtualmente) na rede, como nas transações financeiras, processos de produção, articulações administrativas, consultas e procedimentos médicos, dentre tantas outras não são potencialmente viáveis, mas que já estão a muito tempo sendo praticados. Então, pergunto: será que precisamos aguardar que a prática humana mais cristalizada por paradigmas se mova realmente para essa teia?

Ah, me esqueci de dizer qual é essa prática humana cristalizada, no sentido organizacional que mostra sua tendência estacional, onde a mudança encontra grandes resistências internas e externas, mas acho que está fácil de entender que é a "educação formal".

Contudo vemos grandes exemplos de trangressões dessa cristalização como por exemplo em cursos onde a educação é, presencial e a distância, praticada de forma cooperativa entre aprendentes e ensinantes em AVA's.

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