Curiosidades e novidades sobre o novo curso de Música do Unis-MG


Esta é uma matéria com uma entrevista que dei para o portal do Centro Universitário do Sul de Minas:

Um fato inusitado irá invadir o sambódromo paulistano a partir do ano que vem. Dentre as diversas categorias que julgam o desempenho de uma escola de samba na avenida, um dos mais importantes e essenciais é a Bateria. E foi pensando nisso que a comissão organizadora dos desfiles em São Paulo decidiu inovar na escolha dos jurados deste quesito. Desde o início deste mês, deficientes visuais estão sendo treinados para avaliarem a performance do samba apresentado pelas Escolas de Samba da capital paulista. (Veja a matéria aqui).

Porém, você deve estar se perguntando, que ligação esta informação tem com o Grupo Unis e mais precisamente com o Centro Universitário do Sul de Minas, Unis-MG. A resposta é agradável a todos os apaixonados e interessados pela magia e mistérios da arte Musical. É que o Unis-MG iniciará em 2012 sua primeira turma para o curso de Licenciatura em Música com Habilitação em Educação Musical. Um curso na modalidade de Educação a Distância (EaD), com momentos presenciais, juntando assim o melhor do contato pessoal no ensino presencial com a flexibilidade, interação e inovações tecnológicas da EaD.

Frente a estas duas afirmativas, fizemos uma entrevista com o coordenador do novo curso, Prof. Celso Gomes, que nos cedeu uma entrevista explicando melhor como a música pode ser aproveitada por deficientes visuais, na questão de análise e julgamento de ritmos e melodia musical. Ele também descreveu como será o novo curso e como um aluno poderá usufruir as diversas áreas que a graduação propicia. Confira!
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Leia a entrevista no portal do Unis clicando aqui!

O que o Rock in Rio e o Unis-MG têm em comum?

A ideia de que a música nas escolas vai muito além de se encontrar ou formar alguns grandes músicos, mais sim de formar muitos (as) cidadãos (ãs) com uma visão ampla ao seu entorno já está no ar! O Rock in Rio e o Unis já sabem disso.


O Rock in Rio realiza essa ideia assim: http://ow.ly/1vG8Sr

E o Unis-MG realiza esse sonho assim: http://musica.ead.unis.edu.br

Então, venha fazer parte desse sonho que já está virando realidade: venha estudar música no melhor centro universitário de Minas segundo o Mec! #orgulhodeserunis

Ensinando instrumentos musicais musicalmente

Uma das propostas do Curso de Graduação em Música do Unis-MG (licenciatura) é o estudo e prática de metodologias inovadoras para o ensino de instrumentos musicais.

Uma interessante possibilidade que se disponibiliza aos alunos desse curso é a possibilidade de se inovar em aulas de instrumento, tal como entende a proposta da professora Cristina Tourinho. Essa grande educadora musical é uma das pesquisadoras que mais se dedica a praticar e estudar, no Brasil, as potencialidades do ensino coletivo de música. Uma possibilidade que tem mostrado vantagens como por exemplo:

  • o acesso de mais pessoas ao estudo da música;
  • possibilidades de aplicação em escolas de educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio)
  • o menor custo desse estudo (consequentemente pessoas que não estudariam podem adentrar no mundo da aprendizagem e performance musical);
  • maior possibilidade de interação social. 
Essa última vantagem, entretanto, se mostra uma das mais interessantes para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem musical de instrumentos, pois tende a potencializar a aquisição de parâmetros musicais e técnicos. Uma proposta que se mostra consonante às mais avançadas pesquisas no campo músico-educacional. Pesquisas essas, em grande número baseadas no conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) (зона ближайшего развития) desenvolvido por Vygotsky (1994, 1993).

Assim, esse conceito define a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de um aprendente resolver um problema ou executar uma peça musical sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema ou execução musical tendo outro companheiro como referência. Quer dizer, é a série de conhecimentos que o aprendente tem a potencialidade de construir mas ainda não construiu. Conhecimentos que se mostram momentaneamente fora de seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis, principalmente com a proximidade de outros aprendentes/ensinantes.

Nesse sentido Cristina Tourinho propõe algumas sugestões para aulas de instrumento que vão além do treinamento técnico e interpretativo. Uma proposta que visa o ensino e a aprendizagem de instrumento musical musicalmente.

Sua proposta para o ensino e aprendizagem de violão/guitarra em grupo se mostra excelente oportunidade para o trabalho de elementos musicais como o que Swanwick (2003) denomina pela sigla TECLA, onde cada item se refere a:

T – Técnica (manipulação de instrumentos, notação simbólica, audição).
E – Execução (cantar, tocar).
C – Composição (criação e improvisação).
L – Literatura (história da música).
A – Apreciação (reconhecimento de estilos / forma / tonalidade / graus).


Assim, para se trabalhar aulas com esses elementos Tourinho sugere dispor os aprendentes em cadeiras  dentro de um círculo, como ela mesmo descreve:
Boa parte das atividades pode ser feita com os estudantes sentados desta forma, na qual se inclui o professor. Esta disposição democrática, onde todos se colocam em posição igualitária, (...) e traz a vantagem de que cada estudante tem a sua frente o colega, um “espelho” do que está realizando, além de que é possível sempre um contato visual entre os membros do grupo. Em círculos podem ser realizadas, por exemplo, atividades orais (faladas e cantadas) e tocadas com e sem o instrumento. Sugere-se utilizar esta disposição para trabalhar sequências de nomes de notas, pulsação, acordes, escalas e arpejos. Em círculo, como existe o contato visual entre todos os estudantes, são favorecidas as atividades que precisam de regularidade de pulsação e que demandam um controle motor coletivo, um tocando depois do outro. (TOURINHO, 2008, p.1)
Vê-se que essa proposta se mostra muito além do simples juntar alunos, com seus instrumentos musicais, em uma adaptação das tradicionais aulas individuais de instrumento, onde o foco está no conhecimento do professor e suas orientações para os alunos.

Nesta proposta, a aprendizagem se dá através de atividades práticas, reflexão e interação entre os participantes da aula (alunos com alunos e alunos com professor), algo que certamente pode potencializar o ensino e aprendizagem de instrumentos musicais em vários aspectos, como destacamos no início desta postagem.

E para quem que saber mais sobre possibilidades de atividades para essa proposta, sugiro os livros “Oficina de Violão” (TOURINHO & BARRETO, 2003) e os “Jogos Pedagógicos para a Educação Musical” (GUIA & FRANÇA, 2005). Esses livros trazem atividades que podem ser adaptadas a qualquer instrumento.

Um vídeo interessante para motivar e mostrar as potencialidades dessa proposta em turmas avanaçadas para aulas coletivas de guitarra é o seguinte:




Referências

TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de violão: proposta para disposição física dos estudantes  em  classe  e  atividades  correlatas.  In    http://www.artenaescola.com.br/. Acesso em abril de 2008.

GUIA, Rosa Lúcia dos Mares & FRANÇA, Cecília Cavalieri. Jogos Pedagógicos para Educação Musical. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.

SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo, Moderna, 2003.

TOURINHO, Cristina & BARRETO, Robson. Oficina de Violão, v. 1. Salvador, Quarteto, 2003.

VYGOTSKY,  L.S.  .  A  Formação  social  da  mente.  São  Paulo:  Martins  Fontes. 1994.

____________. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Flauta Doce no curso de graduação do Unis-MG

Um dos instrumentos musicais disponibilizados para o estudo como ferramenta muzicalizadora no Curso de Graduação em Música (licenciatura) é a Flauta Doce. Um Instrumento que pode ser utilizado para desenvolver as primeiras noções musicais e com potencialidades que chegam à interpretação de grande obras eruditas e populares, como se vê e ouve no vídeo abaixo.



Um instrumento que foi inicialmente utilizado nas escolas pelo inglês Edgar Hunt. Na década de1930, esse professor percebeu as grandes potencialidades desse instrumento para a iniciação musical, assim, dentre elas podemos destacar:
  1. Sua forma estrutural - a flauta doce possibilita emissão de som imediata, por isso mesmo antes de se aprender sua técnica ou entender o uso do diafragma para a produção de um sopro de qualidade, é possível fazê-la soar.
  2. O baixo custo - pode-se encontrar flautas em qualquer loja de variedades por menos de R$5,00. Apesar de não serem ideais, essas flautas podem ser muito didáticas para a iniciação musical. Contudo, uma boa possibilidade que muitos professores indicam é a flauta Yamaha, devido à sua relação custo/qualidade.
Segundo o professor Handerson Menegardo, através do artigo (A Importância da Flauta Doce na Musicalização Infantil):
A utilização da FLAUTA DOCE nas aulas de iniciação musical pode ser muito eficiente quando bem orientada por proporcionar às crianças o contato com um instrumento melódico, ajudando-as no desenvolvimento de seu ouvido interno, no contato com a leitura musical, no estímulo à criatividade e socoalização, além de auxiliar no seu desenvolvimento psicomotor e sua lateralidade (a utilização das mãos direita e esquerda). Num conceito ainda mais amplo de desenvolvimento a FLAUTA DOCE melhora a capacidade de memorização, de atenção, exercitando o físico, o racional e o emocional das crianças.
Por esses e outros fatores, esse instrumento está disponível e é bem explorado em suas potencialidades no curso de licenciatura do Unis-MG tanto no aspecto educacional quanto no aspecto da performance musical.

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