Uma das propostas do Curso de Graduação em Música do Unis-MG (licenciatura) é o estudo e prática de metodologias inovadoras para o ensino de instrumentos musicais.
Uma interessante possibilidade que se disponibiliza aos alunos desse curso é a possibilidade de se inovar em aulas de instrumento, tal como entende a proposta da professora Cristina Tourinho. Essa grande educadora musical é uma das pesquisadoras que mais se dedica a praticar e estudar, no Brasil, as potencialidades do ensino coletivo de música. Uma possibilidade que tem mostrado vantagens como por exemplo:
Assim, esse conceito define a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de um aprendente resolver um problema ou executar uma peça musical sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema ou execução musical tendo outro companheiro como referência. Quer dizer, é a série de conhecimentos que o aprendente tem a potencialidade de construir mas ainda não construiu. Conhecimentos que se mostram momentaneamente fora de seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis, principalmente com a proximidade de outros aprendentes/ensinantes.
Nesse sentido Cristina Tourinho propõe algumas sugestões para aulas de instrumento que vão além do treinamento técnico e interpretativo. Uma proposta que visa o ensino e a aprendizagem de instrumento musical musicalmente.
Sua proposta para o ensino e aprendizagem de violão/guitarra em grupo se mostra excelente oportunidade para o trabalho de elementos musicais como o que Swanwick (2003) denomina pela sigla TECLA, onde cada item se refere a:
T – Técnica (manipulação de instrumentos, notação simbólica, audição).
E – Execução (cantar, tocar).
C – Composição (criação e improvisação).
L – Literatura (história da música).
A – Apreciação (reconhecimento de estilos / forma / tonalidade / graus).
Assim, para se trabalhar aulas com esses elementos Tourinho sugere dispor os aprendentes em cadeiras dentro de um círculo, como ela mesmo descreve:
Nesta proposta, a aprendizagem se dá através de atividades práticas, reflexão e interação entre os participantes da aula (alunos com alunos e alunos com professor), algo que certamente pode potencializar o ensino e aprendizagem de instrumentos musicais em vários aspectos, como destacamos no início desta postagem.
E para quem que saber mais sobre possibilidades de atividades para essa proposta, sugiro os livros “Oficina de Violão” (TOURINHO & BARRETO, 2003) e os “Jogos Pedagógicos para a Educação Musical” (GUIA & FRANÇA, 2005). Esses livros trazem atividades que podem ser adaptadas a qualquer instrumento.
Um vídeo interessante para motivar e mostrar as potencialidades dessa proposta em turmas avanaçadas para aulas coletivas de guitarra é o seguinte:
Referências
TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de violão: proposta para disposição física dos estudantes em classe e atividades correlatas. In http://www.artenaescola.com.br/. Acesso em abril de 2008.
GUIA, Rosa Lúcia dos Mares & FRANÇA, Cecília Cavalieri. Jogos Pedagógicos para Educação Musical. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo, Moderna, 2003.
TOURINHO, Cristina & BARRETO, Robson. Oficina de Violão, v. 1. Salvador, Quarteto, 2003.
VYGOTSKY, L.S. . A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. 1994.
____________. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Uma interessante possibilidade que se disponibiliza aos alunos desse curso é a possibilidade de se inovar em aulas de instrumento, tal como entende a proposta da professora Cristina Tourinho. Essa grande educadora musical é uma das pesquisadoras que mais se dedica a praticar e estudar, no Brasil, as potencialidades do ensino coletivo de música. Uma possibilidade que tem mostrado vantagens como por exemplo:
- o acesso de mais pessoas ao estudo da música;
- possibilidades de aplicação em escolas de educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio)
- o menor custo desse estudo (consequentemente pessoas que não estudariam podem adentrar no mundo da aprendizagem e performance musical);
- maior possibilidade de interação social.
Assim, esse conceito define a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de um aprendente resolver um problema ou executar uma peça musical sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema ou execução musical tendo outro companheiro como referência. Quer dizer, é a série de conhecimentos que o aprendente tem a potencialidade de construir mas ainda não construiu. Conhecimentos que se mostram momentaneamente fora de seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis, principalmente com a proximidade de outros aprendentes/ensinantes.
Nesse sentido Cristina Tourinho propõe algumas sugestões para aulas de instrumento que vão além do treinamento técnico e interpretativo. Uma proposta que visa o ensino e a aprendizagem de instrumento musical musicalmente.
Sua proposta para o ensino e aprendizagem de violão/guitarra em grupo se mostra excelente oportunidade para o trabalho de elementos musicais como o que Swanwick (2003) denomina pela sigla TECLA, onde cada item se refere a:
T – Técnica (manipulação de instrumentos, notação simbólica, audição).
E – Execução (cantar, tocar).
C – Composição (criação e improvisação).
L – Literatura (história da música).
A – Apreciação (reconhecimento de estilos / forma / tonalidade / graus).
Assim, para se trabalhar aulas com esses elementos Tourinho sugere dispor os aprendentes em cadeiras dentro de um círculo, como ela mesmo descreve:
Vê-se que essa proposta se mostra muito além do simples juntar alunos, com seus instrumentos musicais, em uma adaptação das tradicionais aulas individuais de instrumento, onde o foco está no conhecimento do professor e suas orientações para os alunos.Boa parte das atividades pode ser feita com os estudantes sentados desta forma, na qual se inclui o professor. Esta disposição democrática, onde todos se colocam em posição igualitária, (...) e traz a vantagem de que cada estudante tem a sua frente o colega, um “espelho” do que está realizando, além de que é possível sempre um contato visual entre os membros do grupo. Em círculos podem ser realizadas, por exemplo, atividades orais (faladas e cantadas) e tocadas com e sem o instrumento. Sugere-se utilizar esta disposição para trabalhar sequências de nomes de notas, pulsação, acordes, escalas e arpejos. Em círculo, como existe o contato visual entre todos os estudantes, são favorecidas as atividades que precisam de regularidade de pulsação e que demandam um controle motor coletivo, um tocando depois do outro. (TOURINHO, 2008, p.1)
Nesta proposta, a aprendizagem se dá através de atividades práticas, reflexão e interação entre os participantes da aula (alunos com alunos e alunos com professor), algo que certamente pode potencializar o ensino e aprendizagem de instrumentos musicais em vários aspectos, como destacamos no início desta postagem.
E para quem que saber mais sobre possibilidades de atividades para essa proposta, sugiro os livros “Oficina de Violão” (TOURINHO & BARRETO, 2003) e os “Jogos Pedagógicos para a Educação Musical” (GUIA & FRANÇA, 2005). Esses livros trazem atividades que podem ser adaptadas a qualquer instrumento.
Um vídeo interessante para motivar e mostrar as potencialidades dessa proposta em turmas avanaçadas para aulas coletivas de guitarra é o seguinte:
Referências
TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de violão: proposta para disposição física dos estudantes em classe e atividades correlatas. In http://www.artenaescola.com.br/. Acesso em abril de 2008.
GUIA, Rosa Lúcia dos Mares & FRANÇA, Cecília Cavalieri. Jogos Pedagógicos para Educação Musical. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2005.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo, Moderna, 2003.
TOURINHO, Cristina & BARRETO, Robson. Oficina de Violão, v. 1. Salvador, Quarteto, 2003.
VYGOTSKY, L.S. . A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. 1994.
____________. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.