Se depender do que se tem escrito, principalmente fora do Brasil, sobre essa possibilidade e com o iminente advento do 3G e suas possibilidades combinadas aos dispositivos cada vez mais avançados no que diz respeito aos seus recursos, pode-se entender que a resposta para a questão inicial deste texto é sim.
Outro fator que pode ajudar nessa confirmação é o crescimento do acesso à banda larga móvel , tendo em vista que esse tipo de acesso já supera o fixo no país. Esse crescimento está ligado principalmente ao aumento nas vendas de celulares 3G, leia mais em olhardigital.uol.com.br
Contudo, vislumbrando a presente realidade em que nos inserimos frente à utilização desses dispositivos e seus recursos pode-se entender que o recurso comunicacional via pequenos textos, ou seja, o SMS, o que quer dizer Short Menssaging Service (Serviço de Mensagem Curtas), contudo, tem se mostrado como o mais utilizado no cotidiano dos mais variados perfis profissionais e pessoais.
Assim, pode-se entender que a educação está perdendo uma oportunidade de ouro, pois como Santaella (2007, p. 228) destaca:
Em processos que, de quase dois séculos para cá, têm se tornado cada vez mais intrincados, quando uma nova mídia é criada e socialmente introduzida, adotada, adaptada e absorvida, ela faz crescer em torno dela práticas e protocolos sociais, culturais, políticos, jurídicos e econômicos. Isso tem recebido o nome de “ecologia midiática” que implica a total integração de uma mídia nas interações sociais cotidianas. Embora haja uma tendência a pensar as mídias ponto a outro, elas, na realidade, alteram de modo significativo os ambientes em que vivemos e a nós mesmos como pessoas.Dessa forma, vê-se que para que a educação se mostre contextualizada com a realidade dos aprendentes, uma das formas maneiras de se integrar essa “ecologia midiática” aos processos de ensino e aprendizagem é investigar o como os aprendentes já usam, de forma natural, os recursos comunicacionais, como por exemplo seus dispositivos móveis.
Abaixo se tem alguns dados para embasar a popularidade do recurso de SMS nos dispositivos móveis (celulares):
- É fácil de ser utilizado, pois praticamente todo o mundo sabe como enviar e receber um SMS, já que se tem notícia que 53 % do planeta usa tal recurso.
- É 720 vezes mais rápido do que o e-mail. Um exemplo de sua velocidade é a utilização de SMS em áreas com possibilidade de terremotos e tsunamis como na região de San Francisco nos Estados Unidos.
- Disponíveis em todos os tipos de telefones móveis, seja a tecnologia edge, 3G ou 4G, pois não necessariamente usa a conexão à internet para operar.
- É relativamente barato, apesar de que no Brasil esse serviço poderia ser mais barato ainda.
A seguir temos algumas sugestões inspiradas em Amit Grag para a utilização do SMS em contextos educacionais (disponível em http://www.upsidelearning.com/):
- Na aprendizagem de uma segunda língua, com o envio de perguntas (nessa segunda língua) contextualizadas com notícias e acontecimentos do dia onde se podem estabelecer a prática textual na língua estudada.
- Pesquisas: Você pode usar sites como o www.polleverywhere.com para criar pesquisas istantêneas onde os aprendentes podem responder de seus telefones ou via internet. Esse recurso, contudo disponibiliza os resultados e gera relatórios.
- Realizar avaliações, pois essas podem ser feitas ao se enviar uma questão de cada vez.
- Integração com ambientes virtuais de aprendizagem (via Internet) onde se usa o SMS como ferramenta para a motivação nas participações em atividades, feedback e suporte.
Assim se observa a necessidade urgente de pesquisarmos e praticarmos por novas potencialidades (técnicas e metodológicas) na utilização dos dispositivos móveis integrados com a internet. Pois a dissolução/fusão tecnológica desses meios utilizados no cotidiano de seus usuários, já é fato em consumação, o que consolida tais recursos como ferramentas eficazes para a extensão pervasiva e ubíqua de processos cooperativos de ensino e aprendizagem.
Referência bibliográfica
SANTAELLA, L. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.