SIED-ENPED 2016 - dia 26 de setembro


Gostaria de compartilhar algumas reflexões por mim desenvolvidas na participação do SIED EnPED 2016 ( http://www.sied-enped2016.ead.ufscar.br/ojs/index.php/2016/pages/view/evento)

Na parte da manhã do dia 25 de setembro 2016 assisti a Mesa temática 1 no Teatro Florestan Fernandes na UFSCAR, um momento que abordou a Educação a Distância em questão: cenários, estratégias e modelos pedagógicos.


Veja o vídeo em https://youtu.be/OnPkD6Wul0U

Essa mesa teve a participação dos seguintes pesquisadores:
  • José António Marques Moreira – Universidade Aberta (Portugal)
  • Gabriel Arcanjo Santos de Albuquerque – UFAM (Brasil)
  • Eucidio Arruda – UFMG (Brasil)
Professor Moreira mostrou pontos importantes do cenário da EaD em Portugal e as estratégias e modelos praticados neste país. Foi muito interessante observar e refletir sobre as concepções educacionais deste professor e suas leituras para o desenvolvimento da EaD em Portugal.

Já os professores Albuquerque e Arruda trouxeram muitos dados interessantes sobre o desenvolvimento da EaD nas universidades federais e boas questões para se repensar essa modalidade no contexto da UAB.

Na parte da tarde assisti a mesa temática 2, que também ocorreu no Teatro Florestan Fernandes. Um momento em que se discutiu a Pesquisa em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais: cenários, métodos e importância. Os professores participantes desta mesa foram:
  • Vani Moreira Kenski – ABED/SITE (Brasil)
  • Fernando Fidalgo – UFMG (Brasil)
  • Giselle Martins dos Santos Ferreira – Universidade Estácio de Sá (Brasil)
A professora Kenski mostrou alguns resultados da pesquisa sobre os grupos de pesquisa sobre a EaD no Brasil. Realmente podemos observar a maturidade da pesquisa sobre a EaD no Brasil. Uma maturidade que se mostra notória no grande número de grupos de pesquisa sobre esse tema. Entretanto, vale destacar que a EaD aqui neste contexto se mostra aplicada nas mais diversas áreas do conhecimento. 

Portanto, observei que a EaD tem se mostrado uma ferramenta para o ensino e aprendizagem de muitas áreas do saber e que precisa ser, cada dia mais, explorada com embasamento teórico e prático devido a vários fatores tais como: evolução das TDIC (tecnologias digitais da informação e comunicação), características específicas principalmente dos alunos e professores tendo em vista o geração ou a cultura inerente à região em que vivem etc.

A professora Ferreira, mostrou as características dos discursos Hegemônicos da Tecnologia da Educação. Essa professora mostrou que precisamos quebrar alguns mitos sobre a tecnologia na atualidade. Trouxe o SELWYN e a necessidade do pessimismo, uma ferramenta para dosar o entusiasmo frente às tecnologias. Também mencionou a Coragem citado por Foucault, pois com a coragem nos faz observar as coisas não como boas ou más mas como perigosas. Assim, chamou a atenção que além da teoria crítica de Frankfourt, Foucault pode ajudar no pensar, repensar e pesquisar a EaD e as tecnologias na educação. 

Essa professora trouxe a possibilidade de se pensar por sobre verbetes para que possamos refletir sobre a EaD. Exemplos são: 
  • Equação Aberta 
  • Aprendizagem Aberta
  • Eucação Aberta a Distãncia 
  • Inclusão Tecnológica
Mostrou o fato de que os EUA investiram muito na inclusão das tecnologias nas escolas e os ganhos não foram os esperados. Enfim, a professora chamou a atenção para:
  •  contingências: historicidade, especificidades contextuais e empinai etc
Para saber mais sobre pesquisas realizadas por essa professora visite o blog https://ticpe.wordpress.com

O professor Fidalgo mostrou seus levantamentos sobre as pesquisas sobre EAD no Brasil de 1989 a 2016: Análise do Banco de Teses e Dissertações da CAPES.

25% foram teses e o restante foram dissertações de mestrado. Algo que mostra que a EAD só tem entrado como tema de pesquisas de doutorado mais recentemente. Uma produção razoável, mas que se mostra incipiente.

A distribuição de teses e dissertações no Brasil mostra que o Sudeste é a região que mais teve produções sobre EAD seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Algo que acompanha os valores investidos em ciências, educação superior etc.

Esse professor colocou que precisamos deixar a grande tendência da tutoria na atualidade e privilegiar as redes de interação! Portanto, pesquisar na EaD é importante, mas o mais importante é propor coisas novas. Interação, entretanto, é um tema que precisa ser focado cada vez mais nessa área do conhecimento!

Uma impressão que tive com as falas dos professores na parte da tarde é que, devido às dificuldades que esse pesquisador encontrou nesta pesquisa no que se refere aos dados obtidos nas palavras-chave ou resumos dos trabalho, a EaD é uma área de estudo que se conflui com várias outras áreas de conhecimentos. Assim, podemos entender que a EaD é um tema que permite uma abarcamento interdisciplinar em seu aspecto científico.

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