SIED-ENPED 2016 - dia 27 de setembro


Continuando a minha partilha de algumas reflexões por mim desenvolvidas na participação do SIED EnPED 2016.


(http://www.sied-enped2016.ead.ufscar.br/ojs/index.php/2016/pages/view/evento)

Gostaria de refletir aqui com você os pontos tratados na Mesa temática 3 que aconteceu no Teatro Florestan Fernandes da UFSCAR, uma mesa que se intitulou de Mídias, Cultura digital e Educação: pela criatividade e inovação pedagógica (https://youtu.be/7Od6u8lfKCw) e que foi desenvolvida pelas professoras:

  • Lúcia Santaella – PUC-SP (Brasil)
  • Maria Luiza Belloni – UFSC (Brasil)
  • Maria Teresa Maia e Carmo – Instituto Politécnico de Santarém (Portugal)

Santaella mostrou que a utilização dos recursos tecnológicos digitais urge em se colocar a capacidade inventiva à prova principalmente devido à revolução ou melhor à tsunami tecnológica que estamos vivendo.

Precisamos nos atentar sobre as capacidades e possibilidades das mídias sejam as mais modernas quanto as outras, pois uma mídia, por mais nova que seja, não substitui ou destrói as mais antigas. O computador não é uma mera ferramenta, como se fosse um martelo, pois algo que extende a nossa inteligência da mesma forma que a fotografia extende o nosso olho. Implicando na percepção e cognição e, portanto, oportunizando uma transformação antropológica. 

A educação, a grande responsável dos vínculos de passagens seletivas entre gerações, hoje precisa contemplar as tecnologias e suas potencialidades e até mesmo limitações. Essas tecnologias se mostram portanto como tecnologias inteligentes que cada vez mais se integram em nossa realidade e em nosso ser, principalmente com o desenvolvimento dos dispositivos móveis que têm oportunizado por possibilidade da educação ubíqua que acontece em espaços híbridos. 

Observamos as possibilidades de colaboração em mídias locativas (tecnologias sem fio, de vigilância e monitoramento e localização)

A professora Belloni trouxe muitos termos interessantes e que destaco os seguintes:

  • Desubjetivação e sua presença nos sujeitos oportunizada pelos dispositivos técnicos tendem e podem acontecer. 
  • Autodidaxia, ou seja, a capacidade que vemos, por exemplo, presentes nas crianças para aprender a lidar com as máquinas de forma natural e autodidata.
  • O espetáculo  como algo tal com o capital a um tal grau de acumulação que se torna material!!!!
  • Sociopolítica dos usos (dominar as telinhas para não ser dominado por elas), pois existe a possibilidade de manipulação pelos meios tecnológicos da mesma forma que (contraditoriamente) existe a possibilidade de resistirmos e até manipularmos tais meios!

Minha reflexão é: existe, dentro desse tsunami tecnológico que têm pervadido nossa realidade física, possibilidades que podem induzir a precarização do processo de ensino e aprendizagem e semiformação dos alunos? Se sim, como podemos lidar com esse lado ruim dessa extrasomatização  do nosso cérebro, principalmente de nossa memória?

Clique no seguinte link e veja também a postagem que fiz sobre as mesas que aconteceram no dia anterior deste mesmo evento: SIED-ENPED 2016 - dia 26 de setembro

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