Pedagogia da autonomia (parte 2)

Continuando minha leitura dessa obra, no capítulo 1 me deparei com a afirmação não há docência sem discência. Freire busca no cotidiano as raízes do ato de ensinar e aprender, para demonstrar que o aprendizado não é transmissão de conhecimentos, mas sim um ato de formação de mão dupla entre ensinante e aprendente e que não necessariamente essas duas atribuições são fixas, elas se deslocam entre os sujeitos. Esse conceito foi muito bem traduzido na frase - "Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender".

E o que mais me chamou a atenção, na introdução desse capítulo, foi o fato do autor ressaltar que mesmo com o bancarismo na educação, as pessoas tendem a dar a volta por cima e superam o autoritarismo desse erro epistemológico. O que denota por uma vacina para o poder apassivador desta educação bancária.

Mas conforme no início do livro, Freire não se amansa com essa imunização e se propõe a evitar a indiferença, que a meu ver assola a educação como um todo. Ou seja, argumenta contra a passividade que está presente no não alinhamento do pensar, falar e fazer. Pois tenho visto muito discurso com pouca ação e questiono então o pensar dos burocratas da educação e até mesmo de muitos professores.

Continua...

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