Pedagogia da autonomia

Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 165 p.

Acabo de ganhar esse livro de minha esposa e decidi que vou comentar alguns capítulos, aqui. Acho que isso será um ótimo exercício para a minha prática pedagógica. Pois esse é um livro que todo o professor deve ter em sua biblioteca, pois incita-os ao convite para a reflexão crítica tanto para nossos alunos quanto para nós mesmos. Sem mais, vamos lá!

Bom falar de Paulo Freire é algo, que pode parecer demasiadamente batido, devido a sua presença nos estudos de pedagogia, mas sempre que penso assim e vou procurar algo sobre ele, esse educador me surpreende com sua história. Pois esse grande homem que se destacou pela educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da criticidade, é considerado um dos pensadores e praticantes mais notáveis da história da pedagogia. E esse pensar/fazer criticamete que me deslumbra, cada dia mais.

No início desse livro, que é a última obra publicada em vida, Paulo Freire nos coloca com as Primeiras palavras, um elemento crucial para a prática pedagógica e que está aninhado com o que é característico de sua obra - a ética - a qual se refere como a ética maior. Ou seja, a retidão entre o pensar, o falar e o fazer que qualquer professor deve primar em sua práxis. Isso sempre permeado pelo aspecto político, o qual se faz transversal ao ato de educar com autonomia. Pois essa ética maior é a que suplanta o cinismo, a exploração do homem, a verdade travestida, o ato de iludir, a covardia e a ação de destruição dos sonhos. Uma ética que se alinha com a "vocação ontológica do ser humano de ser mais" situada frente a história. Esta posição, contudo, que nos mostra como "seres condicionados mas não determinados". Ou seja, como seres que têm na esperança e na fé a possibilidade de superar a insistência do neo-liberalismo em proliferar o conformismo.

Continua...

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