Pedagogia da autonomia (parte 3)

Ainda no capítulo 1, encontrei o item - Ensinar exige rigorosidade metódica, que implica em aproximar o aprendente dos objetos cognicíveis. Essa aproximação está denotada pelo não esgotamento do tratamento do objeto ou conteúdo da aprendizagem mas no alongamento que se plasma no ato de constante reconstrução dos saberes pelo educando com o educador, pois ambos são sujeitos nesse processo.

O que me chama a atenção nesse capítulo foram as qualidades que Freire cita por serem necessárias tanto aos educadores quanto aos educandos. Para esse tipo de aprender criticamente, então, os educandos e educadores precisam ser criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes, e persistentes.

Freire coloca-nos a diferença entre o intelectual memorizador e o sujeito crítico. O primeiro é aquele que fala bonito por devorar livros, mas sem reflexão com a realidade que o cerca, que assume o papel de embalagem do saber acabado e o segundo é aquele que imbuído de humildade, de que tem consciência que é um ser histórico e sabe que está em constante aprendizado. Daí Freire apresenta o termo "do-discência", ou seja, docente e discente em um só sujeito seja ele professor ou aluno.

Com esse ser do-discente, no item - Ensinar exige pesquisa - Freire ressalta a característica do professor, que deve ser não uma qualidade mas um elemento constitucional da natureza desse. O que elenca com a característica do educador, tal como o aluno, como um ser que está em constante aprendizado também.

continua...

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